Há muitas maneiras de encarar nossa existência: como um trajeto, um naufrágio, um poço, uma montanha. Tantas visões quantos seres pensantes, cada um com sua disposição: cética, otimista, trágica, diferente ou indiferente.
Nossa vida, é como um teatro, e um cenário com muitas portas, que estavam ali ou que nós desenhamos. Algumas só se abrem; outras ainda se escancaram sobre um nada.
Quando abrimos uma delas- nossa múltipla escolha- é que se delineia a casa que chamamos nossa existência e começam a surgir os aposentos onde vamos colocar a mobília, objetos, janelas, pessoas, um pátio que talvez leve a muitos caminhos.
Somos autores e personagens dessa cena complexa.
Nos vestimos nos camarins, rimos ou choramos atrás das cortinas.Também vendemos entradas, as vezes vendemos a alma.
E assim vai se seguindo, por muito tempo... ou até mesmo para o resto do tempo.
Não temos tempo para ensaiar. E tudo continua.
[...]
Lya Luft.
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