Acorda tarde, enxuga as lágrimas. Ensaia um sorriso na frente do espelho, patético. Seus olhos borrados da maquiagem da noite passada, seu andar calmo e pavoroso. Pensa. Delira.
Surtos são visíveis em um critério de auto- proteção, a culpa cai totalmente sobre minhas costas.
Deliro.
As palavras que saem da minha boca gaguejam fazendo eco, repetindo as mesmas coisas, na minha direção.
Eu me preocupo demasiadamente em saber se hoje tem estrelas no céu. Doença? Não sei.
Salpica minha liberta imaginação. Rumores que alimento essa dor que há dentro de mim.
Não alimento, eu a aumento de proporção, é automático e não me responsabilizo dos efeitos colaterais.
E se pensar duas vezes, somos todos, ligeira depressão.
Um acústico novo chega na cidade, as bailarinas dançam freneticamente, rodopiando e rodopiando.
Meus cabelos cheirando a cigarros. Não tenho vícios. Virgulas e mais acréscimos.
Soma tua apatia. Soma a tua euforia. Aquilo que só te faz bem.
Apenas um pássaro voando no céu.
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