quarta-feira, 1 de maio de 2013
Ré maior
Cade suas asas pobre demônio?
Voa! Voa, pobre criatura enferma. Voa!
Espalha seu mal, espalha sua malicia
Se sente vazio agora? Ou cheio de decepções? Amarguras? Restrições?
Não sente nada, não sente nada.
Sujo! Suas palavras todos recusam a escutar.
Ninguém te da ouvidos demônio. Voa para outro lugar.
Suja seu corpo com a lama, com o sangue, com o vinho que da sua boca cálida escorrega.
Derrete tuas vontades no fogo, afoga teus sonhos na água.
Inflama seus olhos, fica cego, obsolência.
Fica cego.
Se embala na cadeira que o aguarda demônio, se embala no colo de quem te afaga.
Mesmo estando longe, mesmo de perto.
Queres uma mão? Queres um minuto de silêncio? Queres um pretexto? Uma condução? Um concelho?
Para com você, vira- se
Busca uma escada, toma-lhe suas asas, vire anjo.
Demônio, vire anjo.
Voa! Voa e espalhe o bem, conte a todos do mal que fez.
Sinta- se livre, querido anjo.
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