Eu morri.
Simplesmente deixei de existir da noite pro dia, acordei e ja não estava mais ali.
Carcaça ao vento, apenas.
Sinto desperdicio de tempo, mais, uma vasta ideia de "somos tão jovens" ainda me faz persistir.
Sim, eu estou ricamente envolvida em um desperdicio de tempo.
Meus olhos doem, nauseas, rodopia.
Tento ainda conjugar alguns verbos de felicidade e tenta-los encaixar na minha patética ideia de vida.
Acordar e delirar.
Vultos, azuleijos azuis, almas enroscadas no chão.
Eu não exclamo mais o porque de isso estar assim, eu que escolhi esse caminho.
Tenho pena de mim.
Pobre alma inquieta diante dessas paredes brancas que me cercam.
Atrasada.
Passos curtos e calmos, eu ainda tento.
Todos ainda tentam.
Redemoinhos e concertos, orquestras desafinadas,simbolos e mais rabiscos em um caderno de desenho.
Meus lapis acabaram, meu vigor não foi aceito.
Eu me matei apenas com um gesto.
Quem és tu, pobre vivente?
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