domingo, 17 de fevereiro de 2013

Dreamer

E la se vão os meus sonhos, todos jogados pela janela do trem.
Lá se vão, rolando morro abaixo, caindo no pequeno rio em direção ao desdem
Gritava forte, voltem para mim,
Nada acontecia, iam junto com as correntezas do rio.
No trem, no ultimo vagão, apenas ela jogando seus sonhos pela janela.
Sem mais nenhuma esperança, fazia por prazer,

Voltariam como uma leve brisa a mim, sem nenhuma preocupação
No alto os pássaros cantavam, como num filme
Belos livros de pássaros, com folhas arrancadas.

Coleções de selos e cartas,
Ela jogava tudo no rio, e queimava, ardia em seu pequeno coração
Sua ultimas lembranças, ultimas
Queria poder consolar a mim mesmo, mas não me entendo

Fiz por merecer,
E agora o trem já passou, se foi
Os relances de nudez, altamente contaminados pelas lágrimas
O último adeus,
As ultimas lembranças


Estupidez

Era pra ser um sentimento lindo e maravilhoso, cheio de amores e mimos. Mas não aconteceu como ela planejou por todo esse tempo, sua filha, rebelde e mal educada, assim como dizia, não era perfeita como as outras meninas. Sua filha era, literalmente falando, a estranha entre os outros. Ela não queria admitir que estava errada, pelo contrário, alimentava a ideia de que sua filha não servia para nada, brigava com ela todo dia.
Sua filha não tem nada de errado, ela é linda, educada, trabalha, oque mais queria?
Porque ficava dizendo a todos que sua filha era vadia, não fazia nada?
Ela não tinha vida boa, dava duro e estudava.
Não entendia os argumentos daquela mulher, que dizia que sua filha mentia e se envolvia com drogas, e era mal companhia, nunca intenderei aquela pobre mulher sem coração.
Agora, já tarde demais, diante dos olhos de Deus ela pede perdão pelas coisas que gritava em ofensa a sua filha, ela pede perdão a Deus.
Sua filha é ateia, talvez seja por isso que sua mãe dizia que ela era mal companhia, sua mãe a odiava, assim como sua filha, o amor que ela sentia pela mãe, foi acabando aos poucos, quando se viu, não tinha mais respeito e muito menos compreensão por sua mãe, ela a odiava e queria sair de casa o mas breve possível, sua mãe a detesta e talvez morra, com esse sentimento tão horrível pela sua filha.
Porque não senta comigo e conversa? Pedia a filha a sua mãe, mas ela só sabia gritar, gritar com ela e nada mais.
Uma manhã de sábado as duas brigaram, sua filha chorava tanto, sua mãe proliferava palavrões a ela. Já cansada de tanto escutar sua mãe dizendo coisas ruins dela, que ela nunca fez, sua filha cometeu suicídio.
Sua mãe se culpa até hoje por ter sido tão horrenda em relação a ela.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sonhos I

"Que meus rogos cheguem a ti" suplicava ela tremendo com um crucifixo prateado na mão, o crucifixo cada vez mas e mais pesado. "Que meus rogos cheguem a ti"
Pobre alma, pensei, pobre alma. Tão nova e cheia de infortúnios. No canto da sala escura outra figura sem expressão alguma me olhava, procurava, sentia meu cheiro, por mais que ali eu não estava, senti um arrepio,me movi devagar para o lado. Aquela pequena figura se levantou e pesadamente deu um passo a frente, se apoiou na parede, com seus podres e fétidos pés, lançou um olhar de fúria para onde eu estava a observar, "será que me vira esse pobre infeliz?" sentou-se novamente, a ultima coisa que pude ver, foram seus olhos esbugalhados negros como a noite, seus grandes olhos famintos.
Foi quando acordei, sem mais em uma cabana cercada por grandes arbustos e via uma mulher fumar, ela fumava descontrolada seus cigarros, que pareciam nunca acabar. Entrei na cabana e me vi deitada em minha cama lendo uma revista, nisso eu acordei. Em casa, na minha cama, com o despertador tocando, you are my sunshine.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Pequenas coisas de grandes sentimentos

Eu me sinto na obrigação de escrever, nem que sejam pequenos versos ou poemas, me sinto nauseante quando escrevo, se realiza meus desejos.
Posso ser quem quiser ser, posso viajar pra onde quiser
Me sinto mais confortável quando escrevo
Tenho isso como uma válvula de escape.Uma perfeita válvula de escape.
Onde antes fazia coisas ruins hoje  me liberto de tudo em poucas folhas
É como café quente em um dia frio.
Combina e eu amo.






terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O morro das ilusões

Peguei o livro na estante, "O morro das ilusões" um ótimo título para um livro, de Zíbia Gasparetto uma das melhores autoras nacionais, essa obra é mais um de seus livros ditados por Lucius, que na minha opinião, os melhores livros que já li são esses. Sentei em minha cama, já cansada pelo dia exaustivo que tive. Abri o livro no primeiro capítulo, exitei um pouco antes de começar a ler, afinal quem não exitaria depois de ler a contra capa, onde cita "...Os personagens desse livro são como velhos conhecidos nossos, acordando sonhos e ilusões escondidos nos cantos de nossas almas. Acreditamos que essa poderia ser a história de cada um de nós..." fiquei a imaginar como seria a história e seus personagens e se me identificaria com algum deles. 
Logo quando aninhei em minha cama com o livro na mão senti um peso desproporcional pelo tamanho do livro e pelo tanto de páginas que ele traz (254 pág.), senti um pouco de dor e romance, folhei o livro sentindo seu cheiro de livro novo e confesso que procurei por algo dentro dele, nada encontrei, também seria loucura se encontrasse algo no meio de suas páginas. Agora, mais confortável peguei ele novamente, nada de peso, apenas um livro normal com seu peso normal.
Certamente, vou ler amanhã, começar pelo menos.
Boa noite.