domingo, 27 de abril de 2014

Componha- me

Nesses finais de dia, onde a chuva cai com uma frequencia de enlouquecer
De ensurdecer
Nesses dias em que a alma evita a ser decifrada.
Nos dias de outrora, onde a lua vem mais brilhante, empolgante
Lisonjeada, mercê a seu dispor.

Recuso a despir- me pra ti.
Recuso a olhar nos seus olhos
Nesses dias onde o pensamento, a perda fala mais alto
Eu recuso
Qualquer desejo, qualquer saida
Eu me sento, me ajeito
Saio pra varanda, quero abrir minhas asas
Aproveitar a maré, aproveitar

Nesses dias onde o vento sopra ao norte
Eu peço proteção. Eu peço volta daquele que ja foi
Me deito no chão, num drama emocionalmente convidativo a compor
outra canção
Me deito, pra me deletar.
Me deito porque recuso a andar.

Sinta amor a chuva que cai em seus ombros, lava a alma de qualquer maldição
Sinta amor o frescor que chega pelo correr dos ventos leva embora seus medos, seus anseios
Sinta amor o toque de minhas mãos que te acalma a qualquer hora
Sinta amor a se sentir.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Quentes, por favor.

Quero entrar num bar qualquer.
Sentar numa mesa qualquer.
Discar um número qualquer
E doa a quem doer, mais vou falar.
Falar das minhas dores, do que eu passei
Vou pedir um café.
Vou falar tudo oque andei guardando.
De tudo oque eu andei segurando, ancorado na minha alma.
Vou pedir que desliguem as luzes.
Pra mim poder dormir, pra poder respirar.
Vou beijar um estranho qualquer
E ir pra casa dele.
Vou pedir um cafuné.
Vou embora sem deixar meu nome ou telefone.
Entrar em outro bar qualquer
Pedir mais um café.
_Um café, por favor.
Vou beijar outro estranho.
Pedir mais um cafuné.
_Um cafuné, por favor.
E vou seguir com isso, afinal, ninguém se importa.


Desvai ou nada

Eu penso, invento, crio e recrio meus pensamentos. E não são poucos. São demais. Demais que não aguento, me perco. Elá vou eu de novo. Eu penso.
Eu dispenso qualquer tipo de lamento. Eu rabisco qualquer nitido pensamento, pra mais tarde se perder com o tempo, com os susurros do vento.
Quando ca estou, na frente do papel. Esqueço, me tumultua, me enredo. Acontece que não sou mais lá a coisa que se pronuncia com palavras belas ou a coisa que se envolve facilmente.
É como meu amor, minha alma,meu sangue a pulsar em minhas veias.
Mudou.
Mudou cor,mudou disposição, mudou como mudo de canal na têve, mudou como mudaram as estações.
Mudou e estou aqui, mudando.

Não sei mais como começar, não sei onde colocar os pontos.
Não sei dar um final a isso