terça-feira, 15 de abril de 2014

Quentes, por favor.

Quero entrar num bar qualquer.
Sentar numa mesa qualquer.
Discar um número qualquer
E doa a quem doer, mais vou falar.
Falar das minhas dores, do que eu passei
Vou pedir um café.
Vou falar tudo oque andei guardando.
De tudo oque eu andei segurando, ancorado na minha alma.
Vou pedir que desliguem as luzes.
Pra mim poder dormir, pra poder respirar.
Vou beijar um estranho qualquer
E ir pra casa dele.
Vou pedir um cafuné.
Vou embora sem deixar meu nome ou telefone.
Entrar em outro bar qualquer
Pedir mais um café.
_Um café, por favor.
Vou beijar outro estranho.
Pedir mais um cafuné.
_Um cafuné, por favor.
E vou seguir com isso, afinal, ninguém se importa.


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